RMG/RSI – Um testemunho e uma Oportunidade para Refletir - Beja

 

Em 1996, é criado o Rendimento Mínimo Garantido (RMG). O João era ainda uma criança. 25 anos depois, relembramos este bom exemplo de inserção social, laboral e comunitária: 

João praticamente nasceu com o RMG e “no” RMG. Foi o RMG que introduziu a sua família, beneficiária da medida desde o seu início, no campo dos direitos sociais, por via do acesso a uma prestação social, que lhe garantiu um nível mínimo de subsistência, e a uma relação estruturada com os sistemas de inserção da sociedade.
O que possibilitou que a narrativa de vida desta família se alterasse. Quebrou-se o ciclo de extrema pobreza, baixo nível de escolaridade, desemprego.
O João frequentou o 2º ano de uma licenciatura e concluiu uma formação especializada em mediação de conflitos. Hoje trabalha numa Autarquia como mediador sociocultural.
 

Este testemunho celebra o que foi uma notória melhoria no acesso à educação e na redução do abandono escolar nas famílias mais vulneráveis, e também convida a refletir no trabalho e nas responsabilidades futuras de continuar a desenvolver e a adequar modelos ao nível do alargamento dos percursos escolares, da qualificação e integração profissionais e do acesso à habitação. Para mais e melhores narrativas de vida, hoje celebramos os sucessos do RMG/RSI.

 

RSI – Um Percurso Pela Garantia dos Direitos Fundamentais - Vila Real

 

A equipa de técnicos e técnicas de intervenção social da Segurança Social de Vila Real apresenta aqui uma reflexão e uma partilha de pensamentos e experiências de 25 anos no terreno com o RSI. De facto, esta equipa considera o RSI como um “amigo”, isto é, a ferramenta essencial que  ajudou a contornar a impotência sentida por estes no exercício da sua atividade profissional e perante as dificuldades de respostas ou soluções sociais: O RSI altera, em Portugal, o paradigma da intervenção social; a pobreza, para além de um estado de carência extrema, conduz à privação dos direitos de cidadania e liberdade de escolha.

 

Como equipa decidem destacar o trabalho de parceria entre os vários setores e entidades como o fator e condicionador de sucesso na obtenção de resultados positivos em prol dos cidadãos mais vulneráveis: “Hoje, percebemos que o caminho foi longo, mas gratificante em termos de cumprimento de objetivos e resultados”.

Decorridos 25 anos, impõe-se esta reflexão e um desenhar de um plano a seguir no futuro. Para isso, esta equipa sublinha a premissa em que baseiam o seu trabalho – o de que “ninguém fique para trás”, “em nenhum dos direitos fundamentais”.

Pelo que ficam os votos a todos e todas que criaram, trabalharam e beneficiaram do RSI, de sinceros parabéns.