“Vale Eficiência” em Leiria: experiência bem-sucedida
Criando oportunidades para quem necessita…
Enquadrado no PRR, o programa “Vale Eficiência” tem como objetivo contribuir para a mitigação de situações de pobreza energética, através da atribuição de um vale no valor de 1.300€ (acrescidos de IVA) a famílias economicamente vulneráveis e em situação de potencial pobreza energética, para que estas possam usar em fornecedores aderentes ao Programa para a aquisição de serviços, materiais ou equipamentos que permitam melhorar o desempenho energético da sua habitação permanente.
… transformar obstáculos em etapas …
Os fundos comunitários podem ser determinantes para melhorar a vida de muitos cidadãos. Para apoiar nas candidaturas na área da segurança social e cidadania, o Centro Distrital de Segurança Social de Leiria criou uma task force de apoio às instituições sociais e às autarquias do distrito. Este grupo de trabalho, composto por técnicos com formação na área jurídica, economia e gestão, informática e serviço social, também deu apoio decisivo ao programa “Vale Eficiência”.
… trabalho em cooperação …
Desde logo, iniciou-se um processo de estreita colaboração “no terreno” com autarquias, sobretudo juntas de freguesia, misericórdias e IPSS’s, conhecedoras das realidades locais, no sentido de, conjuntamente, identificar/sinalizar situações de grande necessidade, potencialmente elegíveis para o programa. Foram realizadas ações de esclarecimento com, e nas, câmaras municipais, com a presença dos presidentes de Junta de Freguesia, das forças de segurança, dos CLDS e dos serviços locais de ação social.
… semear para colher
O programa está em curso, os dados estão lançados e atingiremos resultados. Agora é continuar, na certeza de que o importante para nós são as pessoas para quem, e com quem, trabalhamos todos os dias. Estão de parabéns todos/as os/as envolvidos/as.
Rede Social em Portalegre – o reconhecimento de um trabalho
Já lá vão alguns anos desde a publicação da Resolução do Conselho de Ministros nº 197/97, de 18 de novembro, que constatava “um vasto espectro de redes de solidariedade”, as quais a “política social” não poderia jamais “descurar”, sob pena de “alienar a sua força vital”. Aliás, assumia-se que “uma primeira medida de política social consiste no reconhecimento das redes de solidariedade que a antecedem, respeitando a sua identidade, potencialidades e valores intrínsecos”. Na sua sequência, foi formalizado este reconhecimento: a “rede social assenta no trabalho de parceria alargada, efetiva e dinâmica e visa o planeamento estratégico da intervenção social local, que articula a intervenção dos diferentes agentes locais para o desenvolvimento social”.
No distrito de Portalegre, durante a pandemia, colheram-se os frutos de uma Rede Social suficientemente consolidada, que funcionou e deu resposta sempre que urgia a sua intervenção, com confiança, determinação, muito resiliente, e com um sentido de missão único imbuída de um sentir solidário muito singular.
Este foi um grande desafio e certamente o desafio continuará, pois é necessário rentabilizar esta experiência, mantendo-nos alinhados para as exigências pós-crise sanitária/pandémica. Hoje, é ainda mais essencial a coordenação, articulação, parceria, alinhamento, para a (re)construção de uma sociedade mais coesa, consciente das suas fragilidades, mas apostando nas diversas potencialidades que cada um dos seus membros consigo transporta. Continua a ser necessário o esforço conjunto que alimenta esta Rede e a torna mais coesa e sólida, para uma resposta que se quer eficiente e eficaz, mas solidária e cada vez mais inclusiva.
Continua a ser necessário deitar a semente à terra, aqui e acolá, regar, adubar, tratar, para depois colher o fruto. Uma caminhada em que o Centro Distrital de Portalegre do Instituto da Segurança Social e os seus colaboradores em conjunto com as entidades do setor social e solidário dizem: presente!