Integração de Imigrantes em Beja

Um plano de desenvolvimento social para o futuro

 

Os concelhos que integram a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo são todos territórios de baixa densidade, com diminuição demográfica acentuada associada à baixa natalidade, ao elevado índice de envelhecimento e ao saldo migratório deficitário das últimas décadas. Porém, a decisão de viabilizar o empreendimento de Alqueva e de disponibilizar regadio em permanência, em vários concelhos do Baixo Alentejo tem tido um impacto considerável no território, em termos económicos e sociais.

 

A intensificação da área agrícola de regadio na região, proporcionado pelo alargamento dos perímetros de rega e pelos intensivos investimentos em culturas específicas de regadio, trouxeram uma exigência em mão-de-obra que urge enquadrar no desenvolvimento social e económico do território.

 

A questão migratória constitui-se assim como determinante para o futuro económico e social da região.

 

O Plano de Desenvolvimento Social da Plataforma Supraconcelhia do Baixo Alentejo (PSCBA) priorizou a promoção da integração dos imigrantes, através de uma estratégia concertada entre os agentes, tendo criado o Grupo de Trabalho Imigrantes, com o objetivo de fazer o Diagnóstico da população imigrante (projeto piloto) e a Identificação das necessidades de formação dos agentes dos diversos serviços e entidades envolvidas na área da imigração.

 

O Conselho Local de Ação Social (CLAS) de Ferreira do Alentejo, num trabalho pioneiro nesta temática na sequência da implementação do Plano Municipal para a Integração de Migrantes, foi indicado pelo Grupo de Trabalho da PSCBA como o concelho piloto de ações experimentais de diagnóstico e de conhecimento, âncora para a intervenção futura na região.

 

O estudo realizado, que envolveu a auscultação direta a imigrantes no concelho, irá sustentar um maior conhecimento sobre as caraterísticas dos imigrantes, mas também, uma melhor compreensão sobre as suas necessidades e expectativas de futuro no nosso território.

 

 

Trabalho em Rede e Inovação Social

Projetos de Empreendedorismo em Vila Real

 

O Programa CLDS 4G (Contratos Locais de Desenvolvimento Social) encontra-se implementado na totalidade do Distrito de Vila Real, com dinâmicas de intervenção nos 14 Concelhos que o compõem. Estruturado em torno de 4 Eixos que contemplam áreas como o Emprego, Intervenção Familiar, Envelhecimento Ativo e Auxílio a populações afetadas por calamidades e/ou capacitação e desenvolvimento comunitários, o Programa CLDS 4G privilegia o trabalho em rede, a complementaridade da intervenção e a inovação social, possibilitando uma maior proximidade com as franjas da população em situação de fragilidade/ vulnerabilidade, numa perspetiva de envolvimento, participação e capacitação das mesmas. Neste sentido, e não obstante o trabalho exemplar desenvolvidos por todos os 14 Projetos, destacamos duas experiências que demonstram bem a vitalidade e inovação dos Projetos em questão, refletindo a implementação de boas práticas em diferentes domínios:

 

O Projeto Porta D’Ouro (Mesão Frio), em estreita articulação com a ECLP (Entidade Coordenadora Local do Projeto), neste caso a Santa Casa da Misericórdia de Mesão Frio, implementou a Universidade Sénior no Concelho, destacando-se, entre várias iniciativas, a criação de ações de alfabetização junto da população idosa; o Projeto Mondim-IN (Mondim de Basto), em articulação com a Associação Social de Apoio à Deficiência (ASAD) e Juntas de Freguesia, tem promovido o desenvolvimento das expressões artísticas direcionadas às pessoas com deficiência e incapacidade.

 

Estes e os restantes projetos são representantes do trabalho que o setor social e solidário do distrito de Vila Real tem realizado junto das comunidades e que desenvolveram um espírito empreendedor de destaque no território.