Neste início de ano de 2022, a Solidária tem como tema principal a Estratégia Nacional de Integração de Pessoas em Situação de Sem Abrigo (ENIPSSA), que tem permitido, em todo o país, através de redes de parceria com Autarquias, Instituições Sociais e Serviços Públicos, alavancar e desenvolver um conjunto de respostas com o objetivo de inclusão das pessoas nesta situação.

 

O Instituto de Segurança Social (ISS, IP), em articulação com o Coordenador Nacional da ENIPSSA, Henrique Joaquim, tem vindo a apostar, nos últimos 2 anos, numa estratégia com a CASA, no centro do processo de inclusão.

 

Para concretizar este objetivo, temos vindo a promover e a desenvolver, de norte a sul de Portugal, protocolos inovadores, com vista a projetos de Housing First e de Apartamentos Partilhados, os primeiros de caráter mais permanente e os segundos de caráter mais temporário, que permitem, através de apoio técnico, desenvolver projetos de vida.

 

Neste momento, com a criação de vagas de protocolos inovadores de 2ª geração, contamos com um total, de 534 lugares disponíveis em apartamentos em Housing First e 462 em Apartamentos Partilhados, que oferecem, com estas respostas sociais, uma nova oportunidade a cerca de 1000 pessoas. Esta metodologia de intervenção conjuga-se com outras respostas mais tradicionais, como os Centros de Acolhimento Temporário ou as Comunidades de Inserção, como o apoio alimentar através das Cantinas Sociais e do Programa alimentar POAPMC.

 

Este fenómeno de exclusão social, que para muitos e muitas é o fim da linha, é um dos maiores desafios que temos no combate à pobreza. A intervenção tem que passar por uma forte rede de respostas articuladas, que possa responder às necessidades básicas, como alimentação ou cuidados de saúde, mas, acima de tudo, responder a um conjunto de desafios a médio e longo prazo, onde a formação profissional e o emprego têm um papel importante, que mantenham as pessoas em situação de sem abrigo fora da rua e com qualidade de vida.

 

O combate a este flagelo e a erradicação deste fenómeno de pessoas em condição de sem abrigo tem de ser, para todas e todos nós, um objetivo mobilizador enquanto comunidade solidária, onde a igualdade de oportunidades para todas as pessoas possa ser uma realidade efetiva.