Projeto SER+FAMÍLIA
A Santa Casa da Misericórdia foi distinguida pelo BPI “La Caixa” – Infância 2020, com o projeto SER+FAMÍLIA.
Atualmente este projeto é desenvolvido no âmbito do SAAS e visa a intervenção em famílias com menores a cargo e em situação de vulnerabilidade. Tem como objetivo a proteção de crianças e jovens do concelho de Montemor-o-Velho expostas a situação de risco.
Caracteriza-se por ser um programa específico de capacitação parental que visa a proteção, segurança e bem-estar do menor. Com enfoque na parentalidade positiva, a intervenção pretende promover a qualidade da relação parental, o equilíbrio emocional, gerando padrões de comportamento funcionais e autónomos, o envolvimento escolar dos responsáveis parentais, a adoção de comportamentos alimentares adequados a crianças/jovens, a vigilância da saúde física/mental dos menores, a gestão priorizada do orçamento familiar, a melhoria das condições habitacionais e capacitar para a literacia digital, prevenindo comportamentos de risco. Toda a intervenção é realizada no domicílio, em horário flexível e alargado. Realiza um apoio imediato, individualizado, intensivo e prolongado no tempo, numa adequação às necessidades e idiossincrasias da família.
A intervenção abrange, ainda, a possibilidade de, após avaliação da carência financeira da família em intervenção, entrega gratuita e imediata, no domicílio, de cabazes alimentares (Banco Solidário de Ajuda Alimentar), medicamentos (Banco Sol de Medicamentos), bens e equipamentos para o bebé, gestantes e puérperas (Banco Solidário da Maternidade e do Bebé), produtos inclusivos e de apoio à mobilidade reduzida (Banco Sol de Ajudas Técnicas).
Destaque para a importância da parceria com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho – Escola de Infantes e Cadetes, na inclusão de crianças e adolescentes num grupo de pares, com tutores destacados para a realização de atividades de promoção de valores cívicos e de desenvolvimento pessoal e relacional.
O que de melhor existe nas Instituições
No acompanhamento técnico que regularmente é dedicado às Instituições do Setor Social e Solidário perceciona-se cada vez mais dificuldades por parte das mesmas para corresponder ao crescendo de exigências que lhes são colocadas na gestão do seu dia a dia e, em particular, para responder àquelas que são as necessidades dos beneficiários da sua ação.
As preocupações com as infraestruturas continuam a ser legítimas e as questões da sustentabilidade fazem parte da ordem do dia. E bem.
Mas as Instituições são mais do que isto. A premissa para explicar, para avaliar – o quê e o porquê, o onde e o quando, o que fazer e para onde ir – reside em algo bem mais simples: está nas pessoas, nas equipas de trabalho com que as mesmas podem contar. O segredo do seu sucesso está na capacidade destas equipas, uma capacidade que se avalia tecnicamente, é certo, mas que se distingue e se descobre na entrega, no empenho, na resiliência, e na confiança de um trabalho que se realiza em Equipa – “eu faço o que você não pode, e você faz o que eu não posso. Juntos podemos fazer grandes coisas” [Madre Teresa de Calcutá].
Só a valorização interna das suas Equipas de trabalho permitirá às Instituições cumprir o seu desígnio na esfera dos direitos sociais porque são as pessoas, estas equipas de trabalho, que tornam tudo possível e que fazem a diferença na vida dos que são abrangidos pela sua ação. Essa valorização passa pela sua qualificação e formação contínuas, mas passa também pela sua consideração enquanto parte integrante num processo de melhoria que elevará a resposta a prestar.
São as equipas de trabalho que, motivadas e identificadas com os seus objetivos, fazendo sua aquela que é missão da Instituição, cumprem objetivos e superam metas mas, mais importante, fazem acontecer o bem fazer na vida de todos quantos dele necessitam.
Neste caminho, dirigentes e gestores deverão poder dizer que o que de melhor existe na sua Instituição… são as pessoas!