Centro de Acolhimento de Emergência Social – CAES 2.0 em Faro

Resposta Inovadora de Emergência Social

 

No passado dia 7 de setembro, o MAPS - Movimento de Apoio à Problemática da SIDA inaugurou o CAES 2.0 - Centro de Alojamento, com a presença da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, da Diretora do Centro Distrital de Faro, Margarida Flores, e do Presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau..

 

O  Centro de Acolhimento de Emergência Social – CAES 2.0 situa-se no concelho de Faro e a sua atividade insere-se no âmbito da criação da Rede de Resposta Integrada em Emergência Social (RRIES), que tem como finalidade a cooperação entre estas entidades, com vista a assumir a resposta mais adequada às situações de vulnerabilidade, no distrito de Faro, conforme Protocolo de Inovação de Resposta à Emergência Social  celebrado entre o ISS, I.P./ Centro Distrital de Faro e o MAPS.

 

No âmbito deste Protocolo, o MAPS desenvolve a resposta de acolhimento em situação de emergência, através do Projeto Inovador CAES 2.0., que integra um Centro de Acolhimento de Emergência Social com capacidade de alojamento para 43 pessoas (25 no âmbito do Protocolo) e que abrange uma Equipa de Outreach que funciona à noite, fins-de-semana e feriados, sempre que ativada pela Equipa Central de Emergência (ECE).

 

O CAES  destina-se, assim, ao alojamento de pessoas que se encontram em situação de urgência e emergência, sinalizadas pelos serviços de segurança social, abrangendo pessoas isoladas, casais (acompanhados pelos filhos, ou não), pessoas com comprometimento nas Atividades de Vida Diária (AVD) ou com mobilidade reduzida, pessoas com consumos de substâncias psicoativas e/ou doença mental, mulheres e comunidade lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, as pessoas intersexuais (LGBTI+). Está também previsto o alojamento de pessoas que se façam acompanhar de animais de estimação.

 

A implementação do CAES 2.0 contribui para o reforço da capacidade de intervenção no terreno,  com resposta imediata personalizada, 24h/dia e em 7/dias da semana permitindo, com celeridade e em todos os momentos, ir ao encontro das pessoas no local em que se encontram e, em estreita articulação com a Segurança Social, investir tempo e recursos em soluções duradouras para suprimir as situações de urgência/emergência, através de alternativas personalizadas.

 

 

Olhar de Novo o Envelhecimento
Reflexão acerca da realidade demográfica de Lisboa

 

Os dados provisórios dos Censos de 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o número de pessoas com 65 anos ou mais de idade aumentou 20,6% nos últimos 10 anos, representando atualmente, 23,4% da população portuguesa.

 

O aumento do número de idosos resulta também do facto dos portugueses viverem cada vez mais tempo, refletido no aumento da esperança média de vida, para as mulheres até aos 85 anos e 80 para os homens.

 

Fruto também destes números, Portugal surge colocado em 7º lugar entre os países da União Europeia com maior percentagem de pessoas idosas que vivem sozinhas e abaixo do limiar da pobreza, com um valor acima da média da UE (23,6%).

 

O distrito de Lisboa segue a tendência nacional para o envelhecimento, o que suscita fundada preocupação e nos convoca a todos – setores público, privado, social e solidário e comunidade em geral, para a procura de soluções, de forma conjunta e integrada.

 

A recente aprovação de candidaturas PARES 3.0 e PRR vem permitir a reabilitação e aumento da capacidade de resposta em ERPI, o que se traduzirá também na melhoria das condições de funcionamento de alguns equipamentos já existentes no Distrito, respondendo a uma necessidade há muito (re)conhecida de todos.

 

O crescimento das vagas em ERPI (12%) no Distrito e a perspetiva de aumento de vagas a reservar para ocupação por pessoas idosas referenciadas pelo Centro Distrital constitui para todos uma oportunidade de garantir a missão social no que se refere à resposta às pessoas em situação de maior vulnerabilidade e desproteção.

 

O aumento de resposta em ERPI poderá, contudo, ser potenciado se acompanhado da reconfiguração da resposta SAD e em articulação com a Saúde, bem como a garantia da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) na resposta às pessoas em situação de alta hospitalar com necessidade de prestação de cuidados clínicos adequados.

 

A realidade demográfica exige a implementação de um plano gerontológico assente na complementaridade das respostas para atender de forma eficaz e eficiente aos cidadãos e famílias.