Divulgação do Estatuto do Cuidador Informal na Guarda

Estratégias e Parcerias com interlocutores locais

 

O Estatuto do Cuidador Informal é uma medida de política social dirigida às pessoas que cuidam de terceiros que, independentemente da idade, se encontram em situação de dependência, com deficiência ou incapacidade.

 

Na sequência da publicação da legislação, verificou-se um número de requerimentos abaixo das expetativas pelo que se considerou necessário proceder a uma maior divulgação, que foi promovida pela Interlocutora Distrital, Sara Nunes.

 

Numa primeira fase, a interlocutora distrital participou nas reuniões dos Conselhos Locais de Ação Social, da Rede Social, onde sensibilizou os parceiros consistia quanto a critérios, medidas de apoio, benefícios, direitos e deveres.

 

Foi também realizada uma ação junto do projeto “(S)em Retaguarda”. Dirigido a Cuidadores Informais, este projeto, que resultou de uma candidatura financiada pelo BPI, desenvolve a sua atividade nos Municípios de Fornos de Algodres, Celorico e Trancoso.

 

A segunda fase iniciou-se na sequência dos Protocolos de Colaboração entre o ISS, IP e a Associação Nacional de Freguesias e o ISS, IP e a GNR. Aqui, desenvolveram-se várias ações com a colaboração destas entidades e dos Profissionais de Referência da Saúde. Nas ações em que se contou com a presença da GNR, por se considerar pertinente, abordou-se também o tema das burlas.

 

Foram também promovidas um conjunto de ações a que se atribuiu a designação “Cuidar de Si”, no âmbito do Plano de Intervenção Especifica ao Cuidador que identifica as necessidades nos domínios da saúde e da segurança social. Destinadas aos Cuidadores, têm como objetivo a sua capacitação e formação em estratégias de acompanhamento, aconselhamento, de modo a suprir ou atenuar as necessidades decorrentes da situação de dependência e os meios a mobilizar para apoio e alívio na prestação de cuidados.

 

Esta articulação e ação concertada com os interlocutores locais, tem-se revelado fundamental, pela proximidade territorial destas com as populações locais, promovendo-se uma maior divulgação da medida, no apoio à apresentação dos pedidos de reconhecimento do estatuto e submissão dos mesmos pela Segurança Social Direta.

 

 

Parcerias Locais

A chave do sucesso da intervenção social em Leiria

 

As políticas públicas de intervenção social são cada vez mais bem-sucedidas no envolvimento de um maior número de parceiros, sem os quais, definitivamente, não se obtêm resultados.

 

Os movimentos migratórios, na sua complexidade, colocam novos desafios. Por exemplo, no acolhimento de refugiados da Ucrânia, ou mais recentemente, os migrantes de Timor-Leste, vieram colocar desafios nunca antes conhecidos. A chave do sucesso residiu no trabalho conjunto e articulado desenvolvido pela Segurança Social, Emprego, Saúde, Educação, Autarquias Locais e das entidades do Setor Social e Solidário. Em Leiria, as câmaras municipais colaboraram na criação das estruturas de acolhimento e gabinetes de atendimento, a saúde rastreou e despistou problemas, os serviços de Emprego contactaram empregadores e a Segurança social cuidou de garantir mínimos sociais de existência quer ao nível das prestações, quer ao nível da organização de projetos de vida sólidos e sustentáveis e as IPSS foram e são o braço operacional da solidariedade no terreno.

 

Ao fim de mais de seis meses de acolhimento de migrantes ucranianos, foi possível, no distrito garantir que as crianças vão à escola, encaminhar adultos profissionalmente, os que quiseram regressar, regressaram e os que quiseram ficar, estabelecem-se. O trabalho dos vários agentes locais e nacionais no distrito permitiu que a operacionalização deste processo fosse realizada em tranquilidade, num exemplo de cidadania e humanidade.

 

Foi e tem sido uma experiência inolvidável e uma garantia de que, no presente e no futuro, o trabalho entre os vários parceiros é chave para prestarmos um maior e melhor apoio aos mais vulneráveis.