Beja valoriza a Cooperação

 

É através das instituições de solidariedade social e em cooperação e partilha de responsabilidades com a segurança social, que atravessa o país uma rede nacional de proteção social, principalmente dirigida aos cidadãos em situação de maior vulnerabilidade e exclusão social. No distrito de Beja representam um universo que bem conhecemos.

 

Em áreas de intervenção e dirigidas a públicos diferentes, com níveis de qualificação e diferenciação distintos, estas instituições exercem atividades que dão resposta às necessidades das pessoas e das comunidades, visam a sua capacitação e desenvolvimento.

 

No centro da atividade de cada instituição e de cada profissional está a pessoa humana, única e singular, e as suas necessidades. É o facto de intervirem no quadro da relação humana, de incorporarem valores de reciprocidade, de respeito, de solidariedade e de revalorizarem o cuidar enquanto dimensão essencial da dignidade humana, que vai tornar estas profissões, profissões de futuro.

 

Nos vários momentos e contextos de diálogo com as IPSS do distrito, esta consciência é partilhada, a par da identificação das dificuldades. No quadro do que está ao “nosso alcance”, têm sido identificados a visibilidade a dar às boas práticas locais e externas (como a recente mobilização de meios e vontades para responder de forma muito rápida às necessidades emergentes de imigrantes em situação de vulnerabilidade, ou a intervenção junto de pessoas em situação de sem-abrigo, ou a introdução da vertentes do apoio psicossocial no SAD, …), o desenvolvimento de iniciativas colaborativas que introduzam dimensão e ampliem os meios de qualificação de cada instituição, a capacidade de introduzir inovação e de captar as potencialidades dos quadros de financiamento ao investimento ou do PROCOOP.

 

Alguns dos contextos de trabalho em parceria estão já criados e servem estes propósitos: a Rede Social a nível local e supramunicipal na sua capacidade para agregar esforços e meios e, também, para identificar novas necessidades sociais e planear novos campos de atuação e a Comissão Distrital de Cooperação, pelo seu papel na definição de prioridades na relação entre a segurança social e as instituições no quadro da cooperação.

 

BOM ANO 2023.

 

 

Relevância do PARES 3.0 no distrito de Vila Real

 

Como sabemos a questão demográfica e o envelhecimento da população portuguesa têm particular impacto nos distritos do interior do país, agora designados territórios de baixa densidade. O distrito de Vila Real, infelizmente, não se afasta deste diagnóstico, pelo que qualquer investimento nesta área é muito bem-vindo.

 

Neste sentido, a aposta do investimento público através do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais de 3.ª geração, PARES 3.0, é fundamental para aumentar a oferta do apoio à população idosa do nosso distrito.

 

Consequentemente, no distrito de Vila Real foram aprovadas 16 candidaturas perfazendo um investimento total de 15 966 324,00 €, com uma componente de investimento público de 10 572 303,00 €, correspondendo a 29 respostas sociais, com 932 lugares intervencionados. Acresce que a maior parte destas respostas sociais se destinam à população idosa.

 

Estes números resultaram da cooperação institucional e trabalho colaborativo entre o Centro Distrital e as Instituições, numa verdadeira aliança virtuosa, em prol de uma resposta cada vez mais justa e solidária aos nossos concidadãos seniores.

 

Recentemente, no âmbito do Programa de Apoio a Idosos da GNR no distrito de Vila Real foram detetados cerca de cinco mil idosos a viver sozinhos, isolados e/ou situação de vulnerabilidade. Estes factos levam a que tenhamos uma particular atenção ao apoio à execução das candidaturas aprovadas no âmbito do PARES 3.0 pela importância do reforço dos investimentos nesta área.

 

Por forma a garantir uma boa execução destes projetos, temos vindo a realizar sessões de trabalho, promovidas pelos serviços centrais do ISS, com os representantes das Entidades Promotoras. Além disso, estamos empenhados em manter o acompanhamento a estas Entidades, contando também com a participação dos municípios, no âmbito do reforço das respetivas competências na área social, que estão, entretanto, a ser concretizadas.