Projetos de Inovação Social em Lisboa destinados às Pessoas em Situação de Sem-Abrigo
Os Projetos de Inovação Social visam desenvolver soluções inovadoras para um ou vários problemas sociais, ou seja, visa intervir de forma inovadora e eficiente sobre um ou vários problemas sociais com o objetivo de gerar impacto social positivo.
O fenómeno das Pessoas em situação de Sem-Abrigo (PSSA), em destaque no cenário nacional e internacional, levou à concertação de estratégias para a sua erradicação. Neste âmbito, o Instituto da Segurança Social celebrou um conjunto de Protocolos com Entidades do Setor Solidário para a implementação de projetos inovadores de habitação em modalidade de Apartamento Partilhado (colaborativa, transitória e temporária) e de Housing First (situações prolongadas de sem-abrigo, habitação individualizada, pelo tempo necessário), que associam habitação com suporte técnico e recursos da comunidade e objetivam a (re)inserção social e a autonomização destas Pessoas.
Desde 2020, que o Centro Distrital de Lisboa acompanha 20 Protocolos com Projetos de Inovação Social, que acompanham e integram 475 pessoas, destacando-se dois dirigidos, especificamente, a pessoas LGBTIQ+ e um a pessoas Migrantes. Em 2023, foram aprovados novos projetos, que preveem habitação e suporte técnico a mais 104 PSSA.
A aferição do impacto destes projetos revela eficácia na resolução das situações abrangidas e na requalificação das suas condições de vida, na redução da utilização dos serviços de emergência e eficiência ao nível dos custos, por comparação com respostas sociais coletivas convencionais.
A replicação destes projetos sociais inovadores e a agilização das parcerias interinstitucionais, caminha para modalidades de cooperação que, mantendo a sua flexibilidade e atipicidade em razão da individualidade e idiossincrasia das PSSA, se pretendem mais estruturadas e duradouras.
A Rede a Construir Caminhos – campanha para famílias de acolhimento em Portalegre
Hoje partilhamos uma história. Uma história que se tem vindo a construir ao longo dos últimos meses e que tem marcado presença nos vários territórios que integram o distrito de Portalegre.
A captação de famílias de acolhimento é urgente e por estas bandas esta tem sido uma tarefa de difícil concretização.
Fomos, por isso, pedir ajuda. Ajuda para que a mensagem chegasse mais perto, e chegasse a quem deveria. E tem sido tão bom! Todos se mobilizaram: as Escolas, as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, os Municípios, os Conselhos Locais de Ação Social, a comunidade, fizeram acontecer nos vários canais digitais, nos outdoors, nas reuniões de pais, nas Comissões Alargadas, nos CLAS, no grande Encontro que se realizou para reflexão e conclusões – um ponto de chegada? Não! O ponto de partida para continuar a caminhar, cientes do compromisso, desafiados para o objetivo que motivou toda esta Campanha.
De facto, a Rede tem uma riqueza intrínseca e potencia o que de melhor há nos territórios: as Pessoas.
E se é “precisa uma aldeia inteira para educar uma criança” esta experiência, vivida na primeira pessoa por todos quantos participaram nesta Campanha de captação de famílias de acolhimento, no distrito de Portalegre, veio mostrar o quão é importante este sentido de comunhão na identificação de soluções para um problema que é de todos, adequando a intervenção às especificidades de cada território, no pressuposto de um conhecimento profundo dos mesmos, das sinergias instaladas, com um propósito único: a promoção dos direitos e a proteção das nossas crianças!
E no exercício de um mandato que a sua legitimidade lhe confere, esta Rede continua a sinalizar e a angariar potenciais interessados, os quais, junto dos Serviços do Centro Distrital de Portalegre procuram informações, querendo conhecer melhor a medida… passando a palavra aqui e ali, vamos construindo caminho… porque “Sozinhos vamos mais depressa. Mas juntos vamos mais longe”.